Número de investidores em renda fixa cresce 7%, impulsionado pelo CRI

por Filipe Texeira
05/09/2024

Segundo dados da B3, a renda fixa atraiu 1,2 milhão de novos investidores em um ano

A quantidade de investidores pessoa física em renda fixa cresceu 7% na comparação entre o segundo trimestre de 2024 e o mesmo período do ano anterior, segundo o mais recente estudo sobre a evolução dos investidores na B3, divulgado nesta quarta-feira (4).

 

De acordo com o levantamento, o total de CPFs aumentou de 16,5 milhões para 17,7 milhões em 12 meses, enquanto o valor sob custódia passou de R$ 1,9 trilhão para R$ 2,3 trilhões, um crescimento de 19%.

 

O destaque vai para os CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários), que registraram um aumento de 19% na base de investidores e um crescimento de 21% no saldo, comparando o final de 2023 com o primeiro semestre de 2024.



Atualmente, são 365 mil investidores pessoa física em CRIs, com um saldo de R$ 84 bilhões e um saldo mediano de R$ 40 mil.

 

Crescimento no número de investidores de FIIs

Entre o segundo trimestre de 2023 e o mesmo período de 2024, o número de Fundos Imobiliários negociados na B3 subiu 18%, passando de 373 fundos em julho de 2023 para 439 em junho de 2024.



Nesse período, o número de investidores com posições em FIIs aumentou 23%. A entrada de novos investidores resultou em uma queda de 15% no saldo mediano por investidor, indicando que os brasileiros estão investindo com tickets menores.

 

Número de investidores em renda fixa cresce 7%, impulsionado pelo CRI

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Há um ano, o saldo mediano por investidor era de R$ 3,1 mil, e agora é de R$ 2,6 mil – valor próximo a investimentos consolidados como o Tesouro Direto (R$ 2,4 mil) e ações (R$ 2,1 mil).

 

Os investidores de fundos imobiliários tendem a adotar posições de médio e longo prazo, monitorando seus investimentos diariamente, priorizando rentabilidade, redução de riscos e estabilidade.

 

Tesouro Direto

O número de investidores no Tesouro Direto saltou de 2,2 milhões para 2,7 milhões em junho deste ano, um aumento de 19%.



O valor sob custódia também cresceu 8%, alcançando o recorde de R$ 136,5 bilhões no segundo trimestre de 2024, em comparação aos R$ 116,5 bilhões no mesmo período de 2023.

 

Tesouro IPCA e Tesouro Selic se destacam pela menor volatilidade e pelas taxas de juros elevadas, respectivamente, representando 75% do saldo total sob custódia.



O saldo mediano no Tesouro Direto caiu 22%, de R$ 3,1 mil para R$ 2,4 mil, refletindo o comportamento dos investidores que têm aproveitado os rendimentos atrativos.

 

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