Inflação na zona do euro desacelera em fevereiro, mas pressões persistem
Dados divulgados pelo Eurostat mostram queda para 2,6% no CPI anualizado, enquanto preços subjacentes mantêm-se acima da meta
A inflação na zona do euro apresentou uma desaceleração em fevereiro, conforme indicam os dados divulgados pelo Eurostat. O Índice de Preços ao Consumidor (CPI) anualizado recuou para 2,6%, abaixo das expectativas dos analistas, que previam 2,5% para o mês anterior. Apesar da queda, o núcleo do índice, que exclui os preços voláteis de alimentos e combustíveis, permaneceu robusto em 3,1%, mantendo-se acima da meta de 2% estabelecida pelo BCE.
A desaceleração da inflação na zona do euro pode fortalecer o argumento em favor da manutenção das taxas de juros em níveis recordes pelo BCE por mais tempo, antes de considerar qualquer afrouxamento na política monetária. A instituição tem mantido a taxa de depósito em 4% desde setembro, mas discussões sobre possíveis cortes nas taxas têm ganhado força. As autoridades do BCE estão atualmente debatendo o cronograma para tais cortes, em vez de discutir uma reversão na política monetária.
Clique aqui para começar a investir com quem entende
Embora os dados de fevereiro mostrem uma leve queda na inflação, as preocupações persistem em relação às pressões dos preços subjacentes. A inflação no setor de serviços diminuiu apenas de 4,0% para 3,9%, e a inflação salarial continua sendo uma grande preocupação.
O BCE alerta que um crescimento dos salários acima de 3% é inconsistente com sua meta de inflação, e os salários devem aumentar mais de 4,5% este ano. A expectativa é que as novas projeções do BCE, a serem divulgadas em breve, mostrem um retorno mais rápido à meta de inflação de 2%.