Exportações caem 5,7% em janeiro e saldo da balança comercial recua para US$ 2,2 bilhões

por Fernanda Tegi do Prado
18/02/2025

Dados indicam aumento nas importações e queda nas exportações, puxada por commodities, segundo relatório da Secretaria de Comércio Exterior

A balança comercial brasileira apresentou um recuo significativo em janeiro de 2025, com as exportações registrando uma queda de 5,7% em comparação ao mesmo período de 2024. Por outro lado, as importações aumentaram 12,2% no mesmo intervalo, resultando em um saldo de US$ 2,2 bilhões, US$ 4,0 bilhões abaixo do saldo registrado no ano anterior, conforme dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

 

Entre as principais causas da retração nas exportações, destaca-se o desempenho das commodities, cujos volumes caíram 1,5% e os preços 9,5%. Produtos agrícolas, como soja e milho, lideraram o recuo. O volume de soja exportado caiu 64,4%, enquanto o milho recuou 26,3%. A exceção foi o café não torrado, que registrou um aumento de 9,5% na quantidade exportada e uma alta de 63,8% nos preços. Já no setor extrativo, o petróleo bruto viu um aumento no volume exportado de 9,3%, mas os preços caíram 16,1%.

 

Exportações caem 5,7% em janeiro e saldo da balança comercial recua para US$ 2,2 bilhões

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No lado das importações, o volume aumentou expressivamente, com destaque para o setor agropecuário, que teve um crescimento de 21,3%, impulsionado por produtos como trigo e cacau. A indústria de transformação também contribuiu para o aumento, com alta de 15,3% no volume importado, liderada por bens de capital e intermediários.

 

O déficit comercial com a China, principal parceiro comercial do Brasil, alcançou US$ 582 milhões, impulsionado pela queda de 68% nas exportações de soja. Já com a Argentina, o Brasil registrou superávit de US$ 326 milhões, impulsionado pelo aumento das exportações de automóveis e peças.

 

As perspectivas para a balança comercial em 2025 indicam um cenário de incertezas, especialmente diante das mudanças no comércio global, com destaque para as tarifas impostas pelos Estados Unidos.

 

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