EUA: PPI recua em maio, ante expectativa de alta. Bens finais tem maior queda em oito meses

Relatório do Departamento do Trabalho indica uma queda de 0,2% nos preços ao produtor, surpreendendo os economistas, que esperavam uma alta de 0,1%. Crescimento anual também desacelerou.
Os preços no atacado dos Estados Unidos caíram de forma inesperada em maio, em mais um sinal de que a inflação no país está perdendo força. Dados divulgados nesta quinta-feira (13) pelo Departamento do Trabalho mostram que o Índice de Preços ao Produtor (PPI, na sigla em inglês) recuou 0,2% no mês, contrariando a expectativa de analistas, que previam alta de 0,1%.
O recuo no PPI, que mede os preços que os produtores recebem por seus bens e serviços, foi puxado por uma queda de 0,8% nos preços finais de bens, a maior retração desde outubro de 2023. Dentro deste grupo, o índice de energia caiu 4,8%. Os preços de alimentos também cederam 0,1%.
Clique aqui para começar a investir com quem entende
Na comparação anual, o PPI avançou 2,2%, abaixo da meta de 2% estabelecida pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Essa desaceleração da inflação no atacado reforça a expectativa de que o Fed possa começar a reduzir os juros básicos ainda neste ano, após manter a taxa em 5,25%-5,5% desde julho de 2023.
O relatório também mostrou que os preços ao produtor subjacentes, que excluem alimentos, energia e serviços, ficaram estáveis em maio, após alta de 0,5% em abril. A taxa de crescimento anual desses preços ficou em 3,2%, inalterada em relação a abril.
"A queda surpreendente nos preços no atacado ajuda a sustentar as expectativas de que a desaceleração da inflação começou a avançar de forma mais sustentada," afirmou Quincy Krosby, estrategista-chefe global da LPL Financial.
OUTRAS NOTÍCIAS

PLACAR DO DIA - Fechamento dos Mercados (25/04)
Acompanhe o placar com os principais resultados do dia

Custo da construção acelera em abril e INCC-M sobe 0,59%, maior alta desde agosto de 2023
Aumento nos custos com mão de obra e serviços impulsiona índice; inflação acumulada em 12 meses atinge 7,52%, mais que o dobro do registrado há um ano

Prévia da inflação desacelera para 0,43% em abril, puxada por alimentos e saúde
Tomate, café e reajuste de medicamentos pressionam preços, mas passagens aéreas aliviam indicador; acumulado em 12 meses sobe para 5,49%
