Como começar a Investir

por Rhenan Clemente
24/11/2021

Aprenda de uma vez por todas como começar a investir!

Olá, tudo bem?

 

Imagino que você já tenha feito essa pergunta a si mesmo várias vezes, não é mesmo? Afinal, como começar a investir?

 

Com tanta informação surgindo de todos os lados, é muito provável que você tenha alguma dificuldade em absorver tudo isso e, principalmente, conseguir organizar-se para aprender a como começar a investir de verdade.

 

Mas e se eu te dissesse que existe um passo-a-passo claro e definido, que você pode seguir com facilidade e, finalmente, começar a investir?

 

Como começar a Investir

Fonte: Pexels

 

Neste artigo, você vai conseguir, de uma vez por todas, a superar essa barreira e começar a investir de verdade.

 

Mini-índice

  • A ótica do risco
  • Passo 1) Capacidade para correr riscos
  • Passo 2) Disposição para correr riscos
  • Passo 3) Definição de objetivos
  • Passo 4) Criação da Reserva de Emergência
  • Passo 5) Definição de macro alocações
  • Passo 6) Alocações de 2º nível
  • Passo 7) Definição dos ativos da carteira
  • Passo 8) Rebalanceamento de carteira

 

A ótica do risco

 

Quando falamos de investimentos, não estamos tratando sobre um assunto qualquer. Estamos falando do seu dinheiro, do suor do seu trabalho e, principalmente, dos seus sonhos.

 

Por isso, realizar investimentos pela ótica do risco é crucial.

 

No mundo dos investimentos, dois fatores sempre estão presentes: o risco e o retorno. A grande maioria dos investidores acaba focando no fator retorno, ao invés do risco.

 

Claro que o retorno é importantíssimo, afinal é ele que vai fazer com que nosso dinheiro cresça, porém, quando você monta uma carteira de investimentos dentro da ótica do risco, você tem uma série de vantagens.

 

Quando você se preocupa mais com o que pode perder, do que com aquilo que você pode ganhar, suas chances de correr riscos desnecessários e ter uma carteira desalinhada como o seu perfil diminuem bastante.

 

As pessoas que só olham o retorno esperado da carteira sofrem em muitas situações adversas, por exemplo:

 

Imagine um investidor que, sabendo que ações costumam oferecer altos retornos, inicia seus investimentos em Bolsa de Valores.

 

Em um primeiro momento, ele vê suas ações valorizando muito e fica muito feliz! Mais do que isso, investe ainda mais (no caso, pagando mais caro pelas ações).

 

Em um segundo momento, suas ações sofrem uma dura queda (o que é normal no mercado de Renda Variável). Neste instante, o investidor sente uma forte “dor de estômago” e não acredita que seus investimentos estão reduzindo.

 

Assim, esse investidor vende suas ações, realizando o prejuízo.

 

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Fonte: Pexels

Isso aconteceu porque a carteira deste investidor não estava alinhada com o perfil desta pessoa. Não estava alinhada com sua situação financeira, seu perfil psicológico e nem seus objetivos e sonhos.

 

É importantíssimo entender estes pontos para aprender a como começar a investir de forma eficiente.

 

Por isso, é muito importante seguir alguns passos para montar uma carteira de investimentos que é a sua cara, ou seja, não vai fazer você ficar pulando de estratégia em estratégia, apenas perdendo dinheiro no caminho.

 

Vamos então conhecer cada um destes passos:

 

 

 

Como começar a investir: Passo 1) Capacidade para correr riscos

 

O primeiro ponto que você deve entender é a sua capacidade para correr riscos. Mas o que é isso, afinal?

 

A capacidade para correr riscos é o nível até onde você “aguenta” correr riscos, ou seja, qual é o nível máximo de volatilidade e riscos de perdas que você aceita correr de acordo com os ativos escolhidos na sua carteira.

 

Esta capacidade é definida pela sua situação financeira.

 

Sua situação financeira depende de dois pontos, o primeiro são os seus ativos, ou seja, todos os seus bens e direitos. Na lista dos seus ativos estão inclusos por exemplo, seu salário, suas fontes de renda, seus imóveis, aluguéis, entre outros.

 

O segundo ponto são os seus passivos, ou seja, todas as suas despesas e obrigações. Na lista dos seus passivos, pode haver dezenas de itens, tais como: despesas com aluguel, condomínio, impostos, contas de luz, água, internet, streamings e muito mais.

 

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A sua situação financeira dependerá da subtração dos seus ativos com seus passivos. Aqui você se encontrará em uma destas duas situações:

 

  • Ativos maiores que passivos: quando você possui sobras no seu orçamento, você começa a conseguir correr riscos maiores. Quanto maior o excesso no seu patrimônio, maior o risco que você pode correr.

 

  • Passivos maiores que ativos: se seus passivos estão maiores que seus ativos, você precisará fazer um trabalho forte para reduzir suas despesas. Dessa forma, é claro que sua capacidade para correr riscos é baixíssima.

 

Obtendo este resultado, você vai conseguir saber até onde você pode chegar do ponto de vista de correr riscos.

 

Mas lembre-se, a capacidade para correr riscos indica qual o nível máximo de riscos que você pode correr, mas isso não significa que você precisa correr esse nível de riscos, apenas se você quiser.

 

 

Como começar a investir: Passo 2) Disposição para correr riscos

 

 

O segundo passo é entender a sua disposição para correr riscos, ou seja, até onde você quer ou está disposto a correr riscos.

 

A disposição para correr riscos, diferentemente da capacidade, depende principalmente de fatores psicológicos do investidor.

 

Isso porque, naturalmente, existem pessoas de diferentes tipos.

 

Existem pessoas que são mais conservadoras por natureza, não aceitam correr quaisquer tipos de riscos em sua vida em geral (não apenas nos investimentos).

 

Por outro lado, também existem pessoas que são mais arrojadas que outras por natureza. Pessoas que são mais ousadas, talvez gostem de esportes radicais, entre outros.

 

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Mas como descobrir qual a sua disposição de correr riscos? Para isso, você vai ter que olhar para dentro e se classificar em níveis de mais conservador, moderado até o mais arrojado.

 

Além disso, uma ferramenta extremamente útil para se conhecer melhor do ponto de vista do investidor, é realizando o Teste de Perfil do Investidor.

 

Esse teste, também conhecido como Suitability Test, irá classificar o investidor dentro de um espectro partindo do investidor mais conservador até o mais arrojado.

 

Você pode fazer o teste agora, clicando neste link.

 

É super fácil e rápido!

 

 

Como começar a investir: Passo 3) Definição de objetivos

 

 

Agora que você já sabe qual o nível máximo de risco que você pode correr, além do nível máximo de risco que você aceita correr, a próxima etapa é de importância enorme: definir seus objetivos.

 

Como qualquer coisa nas nossas vidas, precisamos ter objetivos traçados, ou seja, uma rota, um mapa, um caminho que nos mostra todo nosso percurso, nossas paradas e como vamos chegar no nosso destino.

 

Dependendo do momento que você estiver em sua vida, existem diferentes objetivos que você possa ter em mente.

 

Você pode querer, por exemplo:

 

  • Casar-se daqui há um ano
  • Viajar daqui há dois anos
  • Comprar um carro novo daqui há três anos
  • Comprar uma casa nova daqui há cinco anos
  • Pagar a faculdade dos filhos daqui há 15 anos
  • Aposentar-se daqui há 30 anos

 

A lista é enorme, esses são apenas alguns exemplos para você se inspirar.

 

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Quando você define seus objetivos, a criação da sua carteira de investimentos fica muito mais fácil.

 

Com objetivos definidos, você escolherá ativos que façam sentido com seus objetivos, com relação a risco, liquidez e prazo.

 

Por exemplo, se você vai casar-se daqui há um ano, dado que é um objetivo muito importante e, principalmente, que será atingido em pouquíssimo tempo, você terá de escolher ativos de menor risco (e claro, menos retorno), para não correr o risco de perder dinheiro que será utilizado logo, durante esse período tão curto.

 

Por outro lado, para um objetivo de pagar a faculdade dos seus filhos daqui há 15 anos, dado que o prazo é muito mais longo, você pode sim correr mais riscos (aumentando suas chances de obter maiores retornos), investindo em ativos mais arriscados, como ações por exemplo.

 

Claro que você sempre deve considerar sua carteira como um todo, diversificando-a de forma suficiente a mitigar riscos que possam impossibilitar a realização dos seus objetivos.

 

Dessa forma, você vai ter uma carteira totalmente alinhada com os seus objetivos, além de estar dentro dos níveis de riscos aceitáveis, estabelecidos por você anteriormente.

 

 

Como começar a investir: Passo 4) Criação da Reserva de Emergência

 

 

Já estamos no Passo 4, tenho certeza de que você já está começando a entender a como começar a investir do zero.

 

Antes de investir seu dinheiro em ativos rentáveis, é necessário primeiro se proteger.

 

Uma das formas de criar essa proteção é através da sua Reserva de Emergência.

 

A Reserva de Emergência é uma quantidade de dinheiro que você deve ter guardado para arcar com despesas emergenciais, ou seja, totalmente inesperadas. Normalmente, calculamos o tamanho da reserva de emergência da seguinte forma:

 

  • Trabalhador CLT: um total de 6 vezes o seu custo mensal. Por exemplo, se você precisa de R$ 3.000,00 por mês para sobreviver, a sua reserva de emergência será de 3000 x 6 = R$ 18.000,00

 

  • Trabalhador Autônomo / Empresário: como as suas receitas são mais variáveis e menos previsíveis, recomenda-se guardar um total de 12 vezes o seu custo mensal. Por exemplo, se você precisa de R$ 3.000,00 por mês para sobreviver, a sua reserva de emergência será de 3000 x 12 = R$ 36.000,00

 

Essa reserva, como o próprio nome diz, deve ser utilizada apenas em emergências. O que seria então uma emergência? Existem várias situações em que você poderia utilizar a sua reserva de emergência, por exemplo:

 

  • Você ou alguém próximo a você foi hospitalizado e você precisa custear despesas médicas.
  • Você sofreu um acidente de carro e precisa arcar com despesas com o conserto ou seguro.
  • Sua casa sofreu um incêndio ou uma enchente e você sofreu danos que precisam ser reparados.
  • Você teve bens roubados e tem que comprá-los novamente.

 

Até aí tudo bem, mas agora que você separou esse dinheiro, aonde você vai “guardá-lo”? Com certeza, você não irá guardá-lo embaixo do colchão, certo?

 

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Existem diversos produtos no mercado financeiro onde você poderia aplicar esse dinheiro, mas vamos reforçar um ponto: na reserva de emergência, o nosso objetivo não é a rentabilidade e sim a proteção do seu capital.

 

Como esse é um recurso que você precisará para emergências, não pode haver a possibilidade de você sacar sua reserva e ela estar valendo menos do que você aplicou devido a volatilidades do mercado (caso você tivesse investido em ações, por exemplo).

 

Além disso, você precisa poder sacar essa reserva o mais rápido possível, até porque emergências não nos avisam quando irão chegar, certo?

 

Por isso, precisamos investir essa reserva em investimentos líquidos, ou seja, que devolvam o seu capital investido no menor tempo possível, por exemplo, no mesmo dia ou no máximo no dia seguinte (D0 ou D+1).

 

Portanto, temos que buscar investimentos conservadores e líquidos.

 

Existem várias opções no nosso mercado, tais como: Tesouro Selic, contas digitais, poupança, CDBs de liquidez diária, fundos DI, entre outros.

 

Cada uma destas opções possui diferentes rentabilidades, liquidez, taxas, tributações e riscos.

 

 

Como começar a investir: Passo 5) Definição de macro alocações

 

 

Com os passos anteriores realizados, é hora de colocar a mão na massa e construir sua carteira.

 

Neste momento, devemos dividir nossa carteira basicamente em dois grandes grupos: Renda Fixa e Renda Variável.

 

Dependendo dos seus níveis de riscos e objetivos traçados, você definirá diferentes percentuais para cada um destes grupos.

 

Se no geral, você é um investidor mais conservador, uma opção de macro alocação na sua carteira é algo como 70% Renda Fixa e 30% Renda Variável.

 

Por outro lado, se você percebeu que é um investidor mais arrojado e que tem mais condições de correr riscos, uma opção de macro alocação na sua carteira é algo como 30% Renda Fixa e 70% Renda Variável.

 

Pense na sua carteira como uma grande pizza de dois “grandes sabores”.

 

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É claro que essas são apenas ideias de macro alocações, você poderá definir seus percentuais como melhor encaixar com a sua política de investimentos.

 

A importância de definir esses percentuais se deve ao fato de que, ao manter o nível das suas macro alocações sempre o mais próximo possível do estabelecido, você não estará correndo riscos maiores do que aqueles que você se propôs a correr.

 

Por exemplo, se você definiu uma carteira de 70% Renda Fixa e 30% Renda Variável, pode acontecer de um momento de alta na Bolsa ocorrer e seu percentual de Renda Variável se tornar mais representativo.

 

Neste momento, se você tem estes percentuais bem definidos, você terá de rebalancear sua carteira, priorizando ativos de Renda Fixa, para equilibrar novamente sua carteira.

 

Dessa forma, você fugirá da armadilha de se empolgar ou deixar a ganância crescer fazendo com que você compre mais ações (talvez caras).

 

Além disso, você manterá o seu nível de risco dentro do que você definiu anteriormente, deixando a carteira sempre balanceada.

 

Caso você ainda esteja tendo dificuldades, fique tranquilo! Você pode falar com um dos assessores de investimentos da Allure Capital que te orientará como seguir cada um dos passos para aprender a como começar a investir.

 

Clique aqui para falar com um dos assessores de investimentos da Allure Capital.

 

 

Como começar a investir: Passo 6) Alocações de 2º nível

 

 

Com as macro alocações definidas, chegou o momento de dividir cada um dos dois grandes grupos (Renda Fixa e Renda Variável), nas alocações de 2º nível.

 

As alocações de 2º nível são as classes de ativos de cada um destes grupos que você pode incluir na sua carteira.

 

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Para sua carteira de Renda Fixa, você pode incluir ativos como:

 

  • Tesouro Nacional
  • CDB
  • LCI
  • LCA
  • CRI
  • CRA
  • Fundos de Investimentos de Renda Fixa
  • Fundos de Investimentos DI
  • Debentures e debêntures incentivadas
  • Fundos de Investimentos de Crédito Privado
  • Fundos Multimercados

 

Já para sua carteira de Renda Variável, você pode incluir ativos como:

 

  • Ações
  • Fundos de Investimentos em Ações
  • Fundos Imobiliários
  • Fundos de Índices (ETFs)

 

Para exemplificar, lembrando da nossa carteira 70% Renda Fixa e 30% Renda Variável, poderíamos dividir nossa carteira de Renda Variável em:

 

  • 25% Ações
  • 25% Fundos de Investimentos em Ações
  • 25% Fundos Imobiliários
  • 25% Fundos de Índices (ETFs)

 

Dessa forma, você estará preparado para escolher os ativos específicos de cada uma destas classes.

 

Como começar a investir: Passo 7) Definição dos ativos da carteira

 

Agora é a hora de escolher cada um dos ativos específicos para a sua carteira.

 

Neste momento você vai escolher o CDB específico que quer comprar, os fundos de investimentos específicos que você vai investir, as ações e fundos imobiliários que serão inclusas na sua carteira, entre outros.

 

Existem muitas formas de analisar os mais diversos ativos que estão disponíveis no mercado. Uma das formas de aprender como escolher seus ativos, iniciando sua jornada de investidores é através do curso Formação de Investidores, da Allure Educação.

 

Este curso vai fazer você percorrer um caminho completo por todos os aspectos importantes na vida de um investidor de sucesso, desde os conceitos mais básicos e históricos, até conteúdos técnicos e específicos de cada uma das mais diversas classes de investimentos disponíveis no mercado financeiro.

 

Clique aqui para conhecer o curso.

 

Como começar a investir: Passo 8) Rebalanceamento de carteira

 

 

Se você definiu uma carteira de 70% Renda Fixa e 30% Renda Variável, pode acontecer de um momento de alta na Bolsa ocorrer e seu percentual de Renda Variável se tornar mais representativo.

 

Neste momento, se você tem estes percentuais bem definidos, você terá de rebalancear sua carteira, priorizando ativos de Renda Fixa, para equilibrar novamente sua carteira.

 

Dessa forma, você fugirá da armadilha de se empolgar ou deixar a ganância crescer fazendo com que você compre mais ações (talvez caras).

 

Além disso, você manterá o seu nível de risco dentro do que você definiu anteriormente, deixando a carteira sempre balanceada.

 

E aí, gostou do passo a passo que trouxe para você?

 

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Esta é apenas uma das metodologias de investimento que existem no mercado, mas acredito que esse é um método fácil e replicável para investidores dos mais diversos níveis de conhecimento e experiência.

 

Agora você já tem em mãos esse passo-a-passo sobre como começar a investir!

 

Vamos começar e colocar isso em ação?

 

Conte comigo e toda a equipe do Farol do Investidor e da Allure para ajudá-lo no que for necessário.

 

Abraços!

 

Quer saber como isto afeta os seus investimentos? Converse agora com um assessor de investimentos da Allure Capital e descubra!

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