Azul e Gol avançam em negociação para possível fusão e criação de gigante do setor aéreo no Brasil

Empresas assinam memorando de entendimentos para união que resultaria em 60% do mercado doméstico
As companhias aéreas Azul (AZUL4) e Abra Group, controladora da Gol (GOLL4), avançaram significativamente em suas negociações para uma possível fusão ao assinarem um memorando de entendimentos não vinculante nesta quarta-feira. O objetivo é combinar as operações das duas empresas e criar uma gigante do setor aéreo no Brasil, detendo cerca de 60% do mercado doméstico, de acordo com dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Isso superaria a participação da concorrente Latam, que atualmente detém 40% do mercado brasileiro.
A fusão, que vem sendo discutida desde o ano passado, é vista como uma resposta ao cenário desafiador enfrentado pelas companhias aéreas, com altas nos custos operacionais e impactos financeiros causados pela pandemia de Covid-19. John Rodgerson, presidente-executivo da Azul, destacou que a união das duas empresas daria origem a uma “campeã nacional” capaz de competir de maneira mais eficiente tanto no mercado doméstico quanto internacional. “Esses outros países entenderam a importância de ter uma empresa forte que pode crescer. Especialmente uma empresa forte que compra aeronave local", afirmou, mencionando a Embraer como parte importante da frota da Azul.
As empresas afirmaram que a combinação de negócios permitirá maior conectividade entre as rotas e ajudará a reduzir o custo de capital, além de aumentar a eficiência operacional. A união também possibilitaria melhores negociações com fornecedores, fabricantes de aeronaves e arrendadores, o que é crucial para as empresas aéreas que enfrentam dificuldades financeiras.
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Nos últimos anos, tanto a Azul quanto a Gol enfrentaram desafios financeiros significativos. A Gol está em processo de reorganização sob o Capítulo 11 nos Estados Unidos, e a Azul recentemente fechou acordos com arrendadores para eliminar parte de suas obrigações em troca de participações acionárias. A fusão ocorreria após a conclusão do processo de recuperação judicial da Gol, que deve ser finalizado até maio deste ano, segundo o novo plano estratégico de cinco anos divulgado pela companhia.
A Gol, que está mais focada em rotas que conectam grandes cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, e a Azul, com sua ampla malha regional, complementariam suas operações, ampliando o alcance de destinos disponíveis aos passageiros. Ambas as companhias destacaram a importância de continuar oferecendo mais oportunidades e produtos aos clientes, enquanto trabalham para obter ganhos de eficiência operacional e de mercado.
O próximo passo envolve a negociação de uma proposta de troca de ações e a submissão do acordo às autoridades regulatórias. Caso a fusão seja aprovada, a nova empresa resultante promete ser um marco no setor aéreo brasileiro, garantindo maior solidez e competitividade para enfrentar o cenário global.
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