Atividade do setor de serviços no Brasil diminui em agosto, com pressão inflacionária persistente

por Filipe Texeira
04/09/2024

O Índice de Gerentes de Compras (PMI) de serviços no Brasil caiu de 56,4 em julho para 54,2 em agosto; de acordo com a S&P Global, houve uma elevação mais significativa nos preços de venda

O Índice de Gerentes de Compras (PMI) de serviços no Brasil caiu de 56,4 em julho para 54,2 em agosto, conforme levantamento de atividade do setor divulgado nesta quarta-feira (4) pela S&P Global. Os participantes da pesquisa frequentemente mencionaram o aumento nas vendas, investimentos em marketing digital, conquista de novos clientes e uma demanda positiva.

 

O índice principal permaneceu acima do nível neutro de 50,0 – que separa contração de expansão – pelo 11º mês consecutivo, mas o resultado de agosto apontou o crescimento mais lento desde abril.

 

O índice composto, que inclui o PMI da indústria, também recuou, de 56,0 em julho para 52,9 em agosto, refletindo uma nova queda na produção industrial.

 

Atividade do setor de serviços no Brasil diminui em agosto, com pressão inflacionária persistente

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Apesar da queda no PMI de serviços, a S&P Global destacou que a confiança no setor permaneceu alta, o que impulsionou a criação de empregos. "A desvalorização do real, secas em algumas regiões e o impacto contínuo das enchentes no Rio Grande do Sul aumentaram as pressões sobre os custos, alcançando o nível mais alto em mais de dois anos", informou a S&P Global. Consequentemente, houve um aumento mais acentuado nos preços de venda.

A desvalorização cambial e a inflação generalizada foram as principais razões citadas para o aumento dos custos operacionais em agosto, seguidas por fatores climáticos.

 

Pollyanna De Lima, diretora associada da S&P Global Market Intelligence, afirmou que a desaceleração no ritmo de crescimento dos provedores de serviços em agosto não é motivo imediato de preocupação, já que as taxas de crescimento permanecem robustas.

 

Ela ressaltou, no entanto, que os altos custos de empréstimos e as crescentes pressões inflacionárias podem impactar o consumo e os investimentos empresariais."As pressões sobre os custos não diminuíram, com a inflação alcançando seu nível mais alto em mais de dois anos", destacou.

 

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