AMERICANAS: Revisão de resultados de 2021, prejuízo em 2022 e plano de recuperação para 2025

por Fadhila Amaral
16/11/2023

Resultados revisados indicam prejuízo de R$6,2 bi em 2021 e R$13 bi em 2022; Plano estratégico visando recuperação é anunciado

A Americanas (AMER3) finalmente divulgou seus resultados dos últimos dois anos, revisando o lucro líquido de 2021 de R$544 milhões para um prejuízo de R$6,2 bilhões. Além disso, a empresa reportou um prejuízo de R$13 bilhões em 2022.

A companhia atribuiu as perdas ao fraco desempenho operacional, elevadas despesas financeiras e lançamentos extraordinários. Alega também ter sido vítima de uma fraude sofisticada durante a gestão anterior.

Esses resultados são cruciais para as discussões em andamento entre a Americanas e seus principais credores, incluindo Bradesco, Banco do Brasil, BTG Pactual, Itaú Unibanco e Santander Brasil, para aprovação do plano de recuperação judicial. O plano propõe uma capitalização de R$12 bilhões pelos acionistas de referência, Jorge Paulo Lemann, Carlos Sicupira e Marcel Telles.

 

AMERICANAS: Revisão de resultados de 2021, prejuízo em 2022 e plano de recuperação para 2025

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A Americanas revisou o Ebitda de 2021 de aproximadamente R$2,1 bilhões positivos para R$3,4 bilhões negativos, e o Ebitda de 2022 ficou negativo em R$6,2 bilhões. A empresa destaca que os números revisados refletem uma estimativa mais realista da realização de ativos e passivos, com ajustes e provisões adicionais.

A empresa também divulgou projeções para 2025, considerando a aprovação do plano de recuperação. Espera um Ebitda de mais de R$2,2 bilhões em 2025, com uma alavancagem medida pela relação dívida líquida/Ebitda menor que 0,75 vez.

No mercado acionário, as ações da Americanas na B3 dispararam 11,25%, refletindo a reação positiva dos investidores ao plano de recuperação. A empresa afirmou que seu plano estratégico de recuperação se concentra na fortaleza do canal físico, complementado pela excelência operacional no digital, seguindo a tendência de concorrentes como Casas Bahia e Magazine Luiza.

A Americanas planeja complementar suas operações com um portfólio de serviços financeiros personalizados da fintech Ame e diversidade de mídia na área de publicidade, buscando renovar seu papel de relevância no varejo brasileiro. A empresa encerrou 2022 com uma dívida líquida de R$26,3 bilhões e um patrimônio líquido negativo de R$26,7 bilhões, mas estima retornar a um patrimônio líquido positivo até o final de 2025.

 

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