4T23: MRV&CO reduz prejuízo consolidado em 68% no 4º trimestre de 2023

Conglomerado imobiliário apresenta melhora nos resultados financeiros e projeta recuperação gradual nos próximos trimestres
No quarto trimestre de 2023, a MRV&CO (MRVE3), conglomerado que engloba as marcas MRV, Urba, Luggo e Resia, registrou um prejuízo líquido consolidado de R$ 104,9 milhões. Apesar de ainda apresentar números no vermelho, o montante representa uma redução de 68% em comparação com o mesmo período de 2022, quando o prejuízo foi de R$ 333 milhões.
Os resultados negativos foram impactados principalmente pelos empreendimentos com estouros de custos lançados nos anos de 2020, 2021 e 2022, período marcado por uma significativa inflação. No entanto, a empresa passou por uma revisão de seus negócios, e a administração está otimista quanto a uma melhora gradual nos próximos trimestres.
Resultados 4T23
A receita líquida consolidada do grupo alcançou R$ 1,940 bilhão, representando um aumento de 16,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse crescimento foi impulsionado pelo aumento nas vendas de imóveis, beneficiando-se das melhores condições do programa Minha Casa Minha Vida para impulsionar as vendas e ajustar os preços.
No que diz respeito ao desempenho dos braços da MRV&CO, todos apresentaram prejuízo no último trimestre de 2023. A MRV teve um lucro líquido ajustado de R$ 103 milhões, revertendo o prejuízo do mesmo período de 2022. Já a Urba registrou uma queda na receita e margem bruta, atribuída a uma revisão no orçamento de uma obra específica.
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A empresa também destacou a redução significativa nas despesas financeiras e gerais, sinalizando uma melhora na gestão dos custos. Com projeções positivas para os próximos trimestres e um cenário mais favorável no setor imobiliário, a MRV&CO segue trabalhando para superar os desafios e consolidar sua posição no mercado.
Reação do mercado
Logo após a divulgação dos números, as ações abriram em queda de 6,04%, a R$ 7,16, às 10h08 (horário de Brasília) desta sexta-feira (1), somando um recuo acumulado de mais de 30% em 2024.
Em relação aos resultados, o Goldman Sachs vê impacto neutro a negativo, com receitas em linha, mas lucros abaixo das expectativas. O Itaú BBA vê sinais de recuperação, com margens melhorando. Já o Bradesco BBI destaca a recuperação da margem, mas aponta desafios na geração de caixa e problemas na subsidiária Resia. A Genial considera os resultados pouco animadores, com destaque positivo para a operação no Brasil e resultados negativos nas subsidiárias Luggo, Urba e Resia.
Veja aqui o release de resultados completo
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